7 de octubre de 2023

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Brasil: Denuncian injusto encarcelamiento de un dirigente.

LULA: ENEMIGOS DE LOS CAMPESINOS POBRES DE BRASIL

Por : Indymedia Brasil

27 de julio de 2005

Carta abierta a todos los Demócratas.

No dia 04 de fevereiro de 2005, a juíza Fabíola Cristina Inocêncio, da 1.º Vara Criminal da Comarca de Jaru, Estado de Rondônia, indeferiu pedido do Ministério Público, que requeria a imediata soltura do companheiro Russo, injustamente preso em regime fechado já há mais de 1 ano e 6 meses.

Russo foi preso em 2003 junto com os companheiros Caco e Joel, da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, acusados pela morte de um pistoleiro conhecido e odiado em toda a região por fazer o trabalho sujo para o latifundiário, grileiro e ladrão de madeira “galo velho”, Antônio Martins Santos, proprietário da Leme Empreendimentos, conhecida por grilagem de terras, inserida no Livro Branco da Grilagem de Terra.

Vale lembrar que nesse período, final de 2003, mesmo o “assentamento” de camponeses em pequenos lotes cercados por latifúndios por todos os lados, que os militares e os governos burgueses Sarney, Collor e FHC chamavam de “Reforma Agrária”, mesmo isso estava completamente paralisado na gerência oportunista do governo Lula/FMI.

Vale lembrar também que neste período se registrou o maior acirramento de assassinatos de camponeses em luta pela terra a mando do latifúndio dos últimos anos.

Vale lembrar que neste período os latifundiários, sem serem admoestados pelas autoridades, anunciaram e levaram a cabo a criação de milícias armadas, como no Norte de Minas, com declarações públicas do presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Alexandre Viana.

Qual foi então, a resposta do governo Lula/FMI? Como o demonstram as prisões políticas de Russo, Caco e Joel, de José Rainha e de dezenas de camponeses por todo o Brasil, e as investidas policiais para cumprir mandatos de reintegração de posse, a resposta do governo foi tratar as vítimas como algozes e criminalizar o movimento camponês.

Uma intensa campanha de denúncias e mobilizações tirou da cadeia os companheiros Caco e Joel. No entanto, o companheiro Russo continuou preso. Contra os três, apenas a suspeita denúncia de um outro conhecido pistoleiro do “galo velho”.

Russo ficou preso acusado por um crime supostamente cometido então há 4 anos atrás, uma briga de bar, que foi sorrateira e covardemente classificada como tentativa de homicídio para justificar uma condenação por 3 anos e 3 meses.

Depois de cumprir mais de 1/3 da pena, tendo nesse tempo de se livrar de várias tentativas de homicídio na cadeia, armadas por latifundiários e autoridades, e frustradas também pela solidariedade dos outros presos que lhe reconheciam o caráter e o compromisso com a luta popular, Russo teria o direito de sair da prisão onde lhe confinaram burgueses e latifundiários.

O próprio Ministério Público o reconheceu.

No entanto, a suspeita decisão da juíza o manteve trancafiado. Antes ficara preso por uma coisa. Agora, está preso pela outra, que na época não era suficiente para mantê-lo no presídio.

Absurdo dos absurdos! Injustiça! Covardia! Fascismo!

Russo está preso porque é camponês, pobre e luta pela terra! Russo está preso porque é militante da Liga dos Camponeses Pobres.

Russo está preso porque neste período nem ele nem seus companheiros se ajoelharam, se dobraram ou abriram mão de lutar pela terra, de lutar por justiça!

Russo é preso político!

Contamos com o apoio de todos os democratas sinceros para libertar o companheiro Russo!

A escalada de violência e injustiça contra o povo pobre, que não pode compartilhar da euforia histérica dos banqueiros e do mercado financeiro com os bilhões de lucro expropriados da nação nos dois anos da gerência petista, se aprofunda e se torna cada vez mais feroz.

Em Goiânia, mais de 4.000 famílias, mais de 12.000 homens, mulheres e crianças, foram violentamente retirados do terreno que ocuparam e onde fizeram centenas de pequenas casas de alvenaria, que chamavam “SONHO REAL”. Mais de 2.500 policiais militares atiraram, jogaram bombas, roubaram, prenderam, mataram e segundo denúncias consumiram com os corpos de até 30 companheiros, e a voz destas famílias está censurada pela verdadeira conspiração do silêncio urdida pela imprensa reacionária com o objetivo de acobertar o Prefeito do PMDB, o Governador do PSDB, e o Presidente da República do PT.

No Pará, camponeses e religiosos ativistas da luta pela terra são assassinados por latifundiários grileiros e traficantes de madeira, e a resposta do governo Lula/FMI é o envio do Exército, além de decretar uma imensa área como “Estação Ecológica”, onde não se pode nem viver. Nenhuma palavra sobre “Reforma Agrária”, entrega de terras para os camponeses. O final dessa história, contra quem serão apontadas as armas do Estado, nosso povo e nosso campesinato conhecem de sobra.

Não tenhamos dúvidas ou ilusões, o que está vindo aí é fascismo, e todos democratas sinceros devemos nos mobilizar contra todas suas manifestações, e a prisão do companheiro Russo é uma delas.

Por isso contamos com o apoio, e solicitamos que se manifestem entrando em contato conosco, para tomarmos todas as medidas necessárias para libertar o companheiro Russo.

Liga Operária - Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia.
Liga dos Camponeses Pobres do Centro Oeste.
Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas.